Meningites bacterianas na era pós vacinal

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As infecções de sistema nervoso central (SNC) têm distribuição mundial e são consideradas um grave problema de saúde pública pela sua magnitude, potencial de transmissão, patogenicidade e relevância social. Dentre as causas infecciosas, a meningite bacteriana recebe destaque e é considerada uma emergência médica, por ser infecção ameaçadora à vida e demandar instituição de tratamento imediato.

Seu diagnóstico nem sempre se dá de maneira fácil, uma vez que os sintomas podem ser inespecíficos e a análise do líquor cefalorraquidiano (LCR) nem sempre é disponível devido a condições clínicas do paciente, capacitação técnica da equipe e tempo hábil para o resultado específico. Além disso, outras entidades clínicas, infecciosas ou não, entram como diagnóstico diferencial, demandando atenção redobrada da equipe assistente.

Durante as últimas décadas, a epidemiologia da doença mudou drasticamente nos países que adotaram a vacinação contra os principais agentes. Na década de 90, a introdução da vacina conjugada para Haemophilus influenzae tipo B (Hib) foi responsável pela quase eliminação dos casos de meningite por esse agente, além da drástica redução de 55% da incidência total de meningite bacteriana nos países aderentes à vacinação. No Brasil, a introdução da vacina para Hib no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para crianças menores de 1 ano aconteceu em 1999 e, após esse período, além da redução significativa do número de casos totais de meningite, o Hib deixou de ser o microrganismo mais frequentemente isolado em meningites bacterianas da infância. Em 2010, foram incluídas as vacinas Pneumocócica 10-valente e Meningocócica conjugadas no PNI, ocasionando uma redução aproximada de 24% do número de casos de meningite Pneumocócica entre os anos de 2010 e 2016.

A morbidade e a letalidade das meningites bacterianas na infância variam muito de acordo com a idade do paciente e o agente etiológico responsável pela infecção. No entanto, existem outros fatores que podem influenciar o desfecho clínico, destacando-se o diagnóstico precoce e a instituição oportuna de antibioticoterapia. Nesse sentido, a prescrição assertiva do antimicrobiano é pilar fundamental do tratamento, visando não apenas a sobrevivência, mas também a redução do risco de sequelas e complicações.

Para uma escolha assertiva, considere a epidemiologia, incluindo prevalência e perfil de sensibilidade dos agentes infecciosos, a faixa etária do paciente, a capacidade de penetração da droga em barreira hematoencefálica, e a melhor posologia para um tratamento eficaz.

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